gincana da solidariedade



TAREFA: VISITA SOLIDÁRIA 2018

COLÉGIO MAX DE TAUBATÉ

2018

Parecia uma sexta-feira como outra qualquer. Acordamos bem cedo e fomos à escola. Entretanto, no dia anterior fomos surpreendidos com um convite para irmos a um asilo da cidade. Asilo? Muitos nunca tinham ido, outros tinham lembranças de visitarem o mesmo local na infância, porém seria uma surpresa o que encontraríamos por lá.

14h. Estávamos reunidos e o micro-ônibus nos levou para o nosso destino. Asilo São Francisco, arborizado, claro e arejado. As paredes tinham tons pastéis lembrando uma colcha de retalho como se feita pela avó. Assim, trazem um tom de paz e tranquilidade para os que moram e visitam.

A receptividade e a felicidade dos idosos foram as primeiras impressões. Uns, mais enérgicos que nós, nos chamaram para dançar. Outros sorriam e acenavam, alguns se apresentaram logo de cara e nos puxaram para um papo.

As conversas foram diversas. Uma senhora muito carinhosa nos disse a respeito de sua alegria ao receber uma visita de seu filho. Ela estava radiante por saber que ele está trabalhando bastante para comprar uma casa para viverem juntos.

Enquanto andávamos pelo asilo, vimos uma senhora sentada distante das outras moradoras. Fomos ao encontro dela e perguntamos se estava tudo bem, rapidamente disse que estava com dor e indagamos se tinha procurado ajuda. Ela, com um olhar triste, colocou uma mão no peito e a outra apontou para o céu, dando a entender que a dor em seu coração seria aliviada caso ela viesse a encontrar a paz de espírito que tanto procurava. Logo, perguntamos se gostava de onde morava e como se sentia, porém ela negou com a cabeça, demonstrando desgosto.

Conhecemos, também, pessoas que foram para a casa de repouso por vontade própria, afirmando que lá era um lar para chamarem de seu. Uma delas disse que tinha muitos amigos e era bem cuidada. Dessa forma, vivia rodeada de amor e de paz.

Acreditamos que "amor" e "paz" resumam o que vimos e o que guardarmos deste dia especial.

Nós guardamos uma imagem de infância invertida, bem como de uma serenidade que só vemos na terceira idade. Isso tudo quebrou o paradigma da ideia que temos do sentimento de tristeza e de morbidez perante o final da vida.

Enxergamos que os idosos carregavam e carregam muita tranquilidade e luz no olhar, por isso temos muito a aprender com eles.

Hoje, três dias depois da visita, guardamos os olhares marejados, os sorrisos, o entusiasmo e, principalmente, a energia enorme ainda presente na velhice.

Assim, a valorização dos pequenos gestos dada por eles está eternizada em nossos corações, porque, como Drummond escreveu, "eterno é tudo aquilo que dura uma fração de segundo, mas com tamanha intensidade que se petrifica e nenhuma força o resgata.".


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